Desenvolvendo aplicações em ADVPL


A Linguagem ADVPL teve seu início em 1994, sendo na verdade uma evolução na utilização de
linguagens no padrão xBase pela Microsiga Software S.A. (Clipper, Visual Objects e depois
FiveWin). Com a criação da tecnologia Protheus, era necessário criar uma linguagem que
suportasse o padrão xBase para a manutenção de todo o código existente do sistema de ERP
Siga Advanced. Foi então criada a linguagem chamada Advanced Protheus Language.
O ADVPL é uma extensão do padrão xBase de comandos e funções, operadores, estruturas de
controle de fluxo e palavras reservadas, contando também com funções e comandos
disponibilizados pela Microsiga que a torna uma linguagem completa para a criação de
aplicações ERP prontas para a Internet. Também é uma linguagem orientada a objetos e
eventos, permitindo ao programador desenvolver aplicações visuais e criar suas próprias
classes de objetos.
Quando compilados, todos os arquivos de código tornam-se unidades de inteligência básicas,
chamados APO´s (de Advanced Protheus Objects). Tais APO´s são mantidos em um
repositório e carregados dinamicamente pelo PROTHEUS Server para a execução. Como não
existe a linkedição, ou união física do código compilado a um determinado módulo ou
aplicação, funções criadas em ADVPL podem ser executadas em qualquer ponto do ambiente

Advanced Protheus.


O compilador e o interpretador da linguagem ADVPL é o próprio servidor PROTHEUS
(PROTHEUS Server), e existe um ambiente visual para desenvolvimento integrado
(PROTHEUSIDE) onde o código pode ser criado, compilado e depurado.
Os programas em ADVPL podem conter comandos ou funções de interface com o usuário. De
acordo com tal característica, tais programas são subdivididos nas seguintes categorias:

Programação Com Interface Própria com o Usuário


Nesta categoria entram os programas desenvolvidos para serem executados através do
terminal remoto do Protheus, o Protheus Remote. O Protheus Remote é a aplicação
encarregada da interface e da interação com o usuário, sendo que todo o processamento do
código em ADVPL, o acesso ao banco de dados e o gerenciamento de conexões é efetuado no
Protheus Server. O Protheus Remote é o principal meio de acesso a execução de rotinas
escritas em ADVPL no Protheus Server, e por isso permite executar qualquer tipo de código,
tenha ele interface com o usuário ou não. Porém nesta categoria são considerados apenas os
programas que realizem algum tipo de interface remota utilizando o protocolo de comunicação
do Protheus.
Podem-se criar rotinas para a customização do sistema ERP Microsiga Protheus, desde
processos adicionais até mesmo relatórios. A grande vantagem é aproveitar todo o ambiente
montado pelos módulos do ERP Microsiga Protheus. Porém, com o ADVPL é possível até
mesmo criar toda uma aplicação, ou módulo, do começo.
Todo o código do sistema ERP Microsiga Protheus é escrito em ADVPL.

Programação Sem Interface Própria com o Usuário


As rotinas criadas sem interface são consideradas nesta categoria porque geralmente têm uma
utilização mais específica do que um processo adicional ou um relatório novo. Tais rotinas não
têm interface com o usuário através do Protheus Remote, e qualquer tentativa nesse sentido
(como a criação de uma janela padrão) ocasionará uma exceção em tempo de execução. Estas
rotinas são apenas processos, ou Jobs, executados no Protheus Server. Algumas vezes, a
interface destas rotinas fica a cargo de aplicações externas, desenvolvidas em outras
linguagens, que são responsáveis por iniciar os processos no servidor Protheus através dos
meios disponíveis de integração e conectividade no Protheus.
De acordo com a utilização e com o meio de conectividade utilizado, estas rotinas são
subcategorizadas assim:

Programação por Processos


Rotinas escritas em ADVPL podem ser iniciadas como processos individuais (sem interface) no
Protheus Server através de duas maneiras: Iniciadas por outra rotina ADVPL através da
chamada de funções como StartJob() ou CallProc() ou iniciadas automaticamente na
inicialização do Protheus Server (quando propriamente configurado).

Programação de RPC


Através de uma biblioteca de funções disponível no Protheus (uma API de comunicação),
podem-se executar rotinas escritas em ADVPL diretamente no Protheus Server, através de
aplicações externas escritas em outras linguagens. Isto é o que se chama de RPC (de Remote
Procedure Call, ou Chamada de Procedimentos Remota).
O servidor Protheus também pode executar rotinas em ADVPL em outros servidores Protheus
através de conexão TCP/IP direta utilizando o conceito de RPC. Do mesmo modo, aplicações
externas podem requisitar a execução de rotinas escritas em ADVPL através de conexão
TCP/IP direta.

Programação Web


O Protheus Server pode também ser executado como um servidor Web, respondendo a
requisições HTTP. No momento destas requisições, pode executar rotinas escritas em ADVPL
como processos individuais, enviando o resultado das funções como retorno das requisições
para o cliente HTTP (como por exemplo, um Browser de Internet). Qualquer rotina escrita em
ADVPL que não contenha comandos de interface pode ser executada através de requisições
HTTP. O Protheus permite a compilação de arquivos HTML contendo código ADVPL embutido.
São os chamados arquivos ADVPL ASP, para a criação de páginas dinâmicas.

Programação TelNet


TelNet é parte da gama de protocolos TCP/IP que permite a conexão a um computador remoto
através de uma aplicação cliente deste protocolo. O PROTHEUS Server pode emular um
terminal TelNet, através da execução de rotinas escritas em ADVPL. Ou seja, pode-se escrever
rotinas ADVPL cuja interface final será um terminal TelNet ou um coletor de dados móvel.

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